segunda-feira, julho 10, 2006

.na Capela Capuchinhos.

Agente penitenciário
Semana passada
Morto

Mariano estava jogando baralho em sua casa no Jurunas.
Sentado com a família em uma mesa de plástico com cartas de plástico.
Minha vó já dizia, baralho é sorte, também...quando o bagaço cai pra ti, não pondere, pege, pois pra cair de novo pode demorar, e mudar radicalmente o jogo...
Na mesa de quatro cadeiras, de noite.
Porta entreaberta.
Entra um estranho.
Pergunta quem é Mariano.
Mariano diz: - Sou eu.
O estranho se aproxima.
Puxa a arma.
Tiro no olho esquerdo.
Sem piedade.
Morte na hora.
A queima roupa.
Encomenda de um agente penitenciário por prováveis bandidos presos.
Velório nos Capuchinhos.
Em pleno meio-dia, no sol queimando de Belém.