quarta-feira, junho 18, 2008

.Sim, assim.

Foto: Milena Marília
El mar del Pacífico, en Miraflores.


Sim, assim.
Acordou mais tarde do que imagina e colocou sua cabeça no lugar que nunca está: em cima do pescoço, apenas.
Caminhou lentamente até a cozinha, passou a manteiga dura no pão enquanto seus ossos doíam de frio.
A dunha soltava fumaça quando seus pés por fim acordaram para leva-la ao outro lado da rua cruzando pequenas vendinhas, pessoas passando, e na realidade, pouco barulho.
O céu assim tao cinza comia todas as cores e contrastes que pudessem haver por alí, e aquilo que se chamava vida diária ficava imersa em dimensões banais.
O copo de café na mão viria depois de muitos minutos após tempos em pé com mãos levantadas e pernas doloridas.
O gole, o pensamento.
Nem é a hora de pensar tanto assim e as sinopses lhe maltratam.
Pensar menos. Fazer mais. Estar sempre.
Ausente és. Ao fundo ficas. Submergida. Atropelada. Atordoada.
Pássaros voam de um fio ao outro.
Simplesmente, ao outro lado da calçada. Um começa o ritual, os outros seguem. Comem as flores do chão, cagam as mesmas ao vento.
Voar, comer, cagar.
Simples assim.
Varrer a casa pode ser feito no meio tempo.
Passar o pano no sábado.
Ressaca no domingo.
Nenhum palavra intesamente será ouvida, pelos de fora. Nenhum olho sincero te aponta, nem ao menos algo etéreo se passa.
Visões, pássaros, aviões.
As passagens pela vida se tornando cada dia menos óbvias. E, com isso, mais difícies.
Que os pássaros ajudem então: a voar, a comer, a cagar.

1 Comments:

Blogger Lyra said...

"Pensar menos. Fazer mais. Estar sempre.",talvez seja esseosegredo!

Beijinhos eaté breve.

;O)

12:25 PM  

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