quarta-feira, julho 30, 2008

.may.

Foto: Milena Marília.

May...

domingo, julho 27, 2008

.Flores Vermelhas.


Foto: Milena Marília
Folhas vermelhas
Na última vez que vi a árvore vermelha foi quando estava regressando a minha antiga casa. Tudo ficou tão claro no retrovisor que pensei que estava indo a simplesmente um lugar comum, confuso, atípico ou simplesmente o mesmo.
Meu coração não palpitava como antes, mas minhas pernas caminhavam com pressa como se fossem aviões em pleno vôo atrasado. Corre-corre, eu corria. Esperava voar, mas o barco atrasava, o ônibus não saía e a ansiedade crescia dentro como se fosse a árvore com folhas vermelhas que deixei pra trás.
Tua boca vermelha sobre a minha ficou pra trás como as folhas da árvore em frente a minha casa. Delgadas, finas, pardas e perdidas imersas no cinza dos dias. Acontece que para acontecer cinza teria que colocar uma combianção de cores que nem lembro mais...preto com o quê mesmo? Preto não é cor, é sua ausência, ao menos pra isso a ausência serve, pra ser cor: preta. Enquanto que o vermelho, primário (?) continuava em minha cabeça em tua boca até que eu chegasse no meio do Rio Ucayali. Haviam mosquitos, mas gostaria que o “rio” tomasse lugar onde não era: lugar nenhum.
As passagens se tornam cada dia mais longas, mais duras e mais largas. Caminhos que se vão, que não se sabem que se percorrem, passam e deixam folhas de todas as cores por todo lado, por teus lábios e meu corpo.
A mistura do “volta”, “passo” e “cinza” resultaram então em esse comportamentesemfinaldescritivoemuitomenosdecisivodeumahistoriasemmotivo.
.........
The Tamborines - The Driven Place
ou
Brincando de Deus - My Pillow Book
antiga trilha, pra talvez, dias atuais. Da construção...

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Foto: Milena Marília
Cusco-Perú-Julho-2008


Nos jardins verdinhos pra passear, pensar na vida...sem o corre-corre atrás do coelho branco.

sábado, julho 26, 2008

...siete...

Foto: Milena Marília

A sensação foi se esvaindo a cada mémoria fincada em papel.
A triste dor foi ocupando um lugar na mente onde o desconhecido caminhar lavava, levava o cheiro pra distante: a memória.
Uma angustia, então.
Uma vírgula de fúria, pra agora.
Uma pausa, pro gole.
Uma música, silenciosa.
Uma luz.
Se fosse assim - fechar-guardar- seria fácil. Assado é que é dificil.
Se cuida então de pra agora, tomar um gole, ouvir o silêncio, fechar a sensação e lavar a memória.

terça-feira, julho 15, 2008

...



Foto: Milena Marília

Que eu tô voltando pra casa...

Do muito que se vê,

do tudo que se fica,

do nada que se vai,

demasiado já se foi.