quinta-feira, novembro 01, 2007

.presente de aniversário.



[by: Vitor Palheta, foto do quase final da festa, quando a aniversariante que parecia a convidada mais animada da festa, dorme, enquanto os outros convidados ainda fazem a festa]

Escrito após uma sexta decadente, sem dormir, no chão do quarto da mamãe, tentando dormir.
Lido antes do parabéns, após o carimbó, o reggae, o brega, o rock...após participação de "las decadentes e a dançarina embriaga", a aniversariante parecia a convidada mais animada da festa. Acho que 30 pessoas socadas dentro e alguns poucos metros quadrados. Ótima áurea de todos os convidados. Kiwirosca, cajupirinha, cachaça, três grades. Alguns instrumentos de música. Poucos tocadores oficiais. Sessões musicais aos extremos "mais não tente se matar, pelo menos essa noite não" "quem vai querer, a minha periquita, a minha periquita" "oh menina bonita de anel de ouro, parece um tesouro no dedinho dela" "meu maracatu, pesa uma tonelada".

PRESENTE DE ANIVERSÁRIO DA MARCELA (escrito no borrão de tcc da mesma, que eu adoro escrever nele e fazer aviãzinho de papel pra ver ele planar do 18° andar....é a melhor forma de divulgação do trabalho!)



Como se fosse assim. Falar de sangue.

Como se fosse assim. Falar de convivência.

Como se fosse assim. Falar de irmã.

Como se fosse assim. Falar de família.

Como se fosse simples assim, falar de amor.

Como se fosse falar de momento isolado.

Como se fosse falar de 22 anos.

Como se fosse falar de sentimento.

Como se fosse falar de nascimento.

Como se falar fosse dizer e querer representar todos os momentos que te fez chegar até aqui.

Como se fosse capaz de esquecer as fases, as lembranças, os cabelos curtos, compridos, pretos, roxos, enfim naturais e lomgos.

Como se fosse falar de cabelo.

Sabia que os cabelos contam histórias? Que gravam registros? Que fica no túmulo.

Talvez falar de vida fosse falar de cabelo, pois afinal, também convivo com os cabelos de minha irmã. Desde embaixo da cama, até no ralo do banheiro.

O melhor de seus cabelos é quando eu os vejo quando chego em casa. E ele sorri pra mim e me abraça. Por vezes, pede ajuda e até briga, fica enjuada e de tpm. Chora. E dorme. E começa tudo de novo no outro dia.

Mas depois de tantos cabelos, e de escovas de dente no mesmo recipiente, a verdade e a sinceridade estão presentes.

Nos cabelos naturais e no olhar.

Como se fosse assim, falar de cabelos e de olhares.

Tudo de cada uma de nossas vidas fez com que esse momento acontecesse. Culminasse. Êxtase. Cártase. Amor não precisa de filosofia, já dizia o poeta. Mas digo que precisa de cabelos, de registro, de posteridade. E se puderes me olhar, então saberei que é verdade.

"Não , não quero uma peruca 02, não quero uma peruca, porra!"(hihihi).

Quero apenas comer esse bolo de chocolate que a Manu fez, te abraçar e dizer que te amo, porque esse te amo é algo mais.

Feliz Aniversário.

Milena