quarta-feira, junho 25, 2008

.it's time.



Foto: Toni Soto.

I'ts time to do something you relay like, to dream, to run away, to stay.

In what minute do you will stop cry and road in.

Always, the road will rise with me.

Solamente si lo crees alguna cosa se pasa. Donde estará la luz por detrás de ese lluvizno? Donde estará el azul por detrás de ese cenize? Donde estará tu que no te encuentro?

Pero si, mientras, "El amor en los tiempos de cólera".

"Prosas Apátridas"

Y, cosas que todavia me surpreenden, una lengua que me encanta, una sorisa en la correria de los días.

toca toca de novo, a música, it's reggae time.

...

Acaso

(Álvaro de Campos- Fernando Pessoa)

No acaso da rua o acaso da rapariga loira.

Mas não, não é aquela.

A outra era noutra rua, noutra cidade, e eu era outro.

Perco-me subitamente da visão imediata,

Estou outra vez na outra cidade, na outra rua,

E a outra rapariga passa.

Que grande vantagem o recordar intransigentemente!

Agora tenho pena de nunca mais ter visto a outra rapariga,

E tenho pena de afinal nem sequer ter olhado para esta.

Que grande vantagem trazer a alma virada do avesso!

Ao menos escrevem-se versos.

Escrevem-se versos, passa-se por doido, e depois por gênio, se calhar,

Se calhar, ou até sem calhar,

Maravilha das celebridades!

Ia eu dizendo que ao menos escrevem-se versos...

Mas isto era a respeito de uma rapariga,

De uma rapariga loira,

Mas qual delas?

Havia uma que vi há muito tempo numa outra cidade,

Numa outra espécie de rua;

E houve esta que vi há muito tempo numa outra cidade

Numa outra espécie de rua;

Por que todas as recordações são a mesma recordação,

Tudo que foi é a mesma morte,

Ontem, hoje, quem sabe se até amanhã?

Um transeunte olha para mim com uma estranheza ocasional.

Estaria eu a fazer versos em gestos e caretas?

Pode ser...

A rapariga loira?

É a mesma afinal...

Tudo é o mesmo afinal ...

Só eu, de qualquer modo, não sou o mesmo, e isto é o mesmo também afinal.

terça-feira, junho 24, 2008

.tishbite.




por recordar que sempre me esqueço que gosto tanto.

segunda-feira, junho 23, 2008


quinta-feira, junho 19, 2008

.JRR.

Foto: Milena Marília


"Y para ello nada mejor que una terraza de café, una bebida tonificante, una vacancia de la atención, un dejar de nuestra mirada en reposo reciba y archive las imágenes del mundo, sin preucuparse de encontrar en ellas orden ni sentido ni prioridad. Ser solamente el critstal a través del cual nos penetra intacta la vida."

Prosas Apátridas

Julio Ramón Rybeiro

quarta-feira, junho 18, 2008

.Sim, assim.

Foto: Milena Marília
El mar del Pacífico, en Miraflores.


Sim, assim.
Acordou mais tarde do que imagina e colocou sua cabeça no lugar que nunca está: em cima do pescoço, apenas.
Caminhou lentamente até a cozinha, passou a manteiga dura no pão enquanto seus ossos doíam de frio.
A dunha soltava fumaça quando seus pés por fim acordaram para leva-la ao outro lado da rua cruzando pequenas vendinhas, pessoas passando, e na realidade, pouco barulho.
O céu assim tao cinza comia todas as cores e contrastes que pudessem haver por alí, e aquilo que se chamava vida diária ficava imersa em dimensões banais.
O copo de café na mão viria depois de muitos minutos após tempos em pé com mãos levantadas e pernas doloridas.
O gole, o pensamento.
Nem é a hora de pensar tanto assim e as sinopses lhe maltratam.
Pensar menos. Fazer mais. Estar sempre.
Ausente és. Ao fundo ficas. Submergida. Atropelada. Atordoada.
Pássaros voam de um fio ao outro.
Simplesmente, ao outro lado da calçada. Um começa o ritual, os outros seguem. Comem as flores do chão, cagam as mesmas ao vento.
Voar, comer, cagar.
Simples assim.
Varrer a casa pode ser feito no meio tempo.
Passar o pano no sábado.
Ressaca no domingo.
Nenhum palavra intesamente será ouvida, pelos de fora. Nenhum olho sincero te aponta, nem ao menos algo etéreo se passa.
Visões, pássaros, aviões.
As passagens pela vida se tornando cada dia menos óbvias. E, com isso, mais difícies.
Que os pássaros ajudem então: a voar, a comer, a cagar.

terça-feira, junho 17, 2008

.se tudo.

Foto: Milena Marília
Nas noites de Lima

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Bem-vindo ao Planeta vida.
...

Ao se caminhar pelos passos tortos e mal dados as vezes se chega a um lugar inesperado, inexplicavel.
Mas de tudo que se aprende os portos seguros são o nó mais bem dado que se pode segurar alguém antes de se jogar do avião. A luva sempre escorrega no final. E se chora, se grita. Por fim se cai.
...

Um copo de leite. Um copo de leite com chocolate. Um copo de cerveja. Um copo de vinho. Um copo de sabão pra lavar a roupa suja. Um copo de café. Um copo de muito. Um copo de tudo. Um copo de nada. Um copo de hoje. Um copo de dia. Um copo de bom dia. Um copo de palavras.

...

Tudo vale a pena se....

...

"Eu quis tanto ser a tua paz, quis tanto que você fosse o meu encontro. Quis tanto dar, tanto receber. Quis precisar, sem exigências. E sem solicitações, aceitar o que me era dado. Sem ir além, compreende? Não queria pedir mais do que você tinha, assim como eu não daria mais do que dispunha, por limitação humana. Mas o que tinha, era seu. "
Caio Fernado Abreu.

...

E que um dia haja seja tenha não tenha alguém. Ter quando não se têm, é o verdadeito ter. De dentro.

segunda-feira, junho 16, 2008

.as meninas mais bonitas.



Foto: Milena Maríla

Do amor mais lindo.

Saudade.

Dor.

Sorrisos.

De onde se parte, de onde se chega.

Já já volto. Pra partir de novo.

quarta-feira, junho 11, 2008

.assim-Será?.


Foto: Milena Marília
Los Andes - Abril 2008
Assim-Será?
Para, quase com certeza, Mario Osorio.
Agora vai e pega o copo de plástico de chocolate quente dessa manhã fria. Nem lembrava mais essa sensação - fria-quente-chocolate. Desde faz tempo que se foi, o que se sente.
Dos pés, a estrada abaixo, da cabeça, o céu acima. Chuvoso sem parar nessa trilha sem fim eterna de dentro de mim. Que corre pelas ruas, que grita nos jardins que se joga de cima dessa passarela as 17hrs da tarde quando o sol ou a lua está encoberto de tanto cinza que vem e sai desses teus olhos castanhos.
- Quê?
Tão comum o castanho dos olhos, o cachorro na rua, essa intolerância interna que cresce, que atropela, que afaga, espirra e dorme. Adormece pra caminhar pra longe pro outro lado do rio, da rua, da avenida do nada: número três.
- Queres Caminhar?
Não parar nunca. Jogar fora o lixo, explodir de palavras travadas, imaltar o sangue que corre e imortalizar a memória fraca que esquece, que foge, que convêm.
- Te sou Conveninte?
Com todos os ladrilhos. Os tetos. A confusão e o brilho.
O copo de chocolate (ou café) continuava esfriando. Não importa quão quente você o faça. Tem que esfriar um pouco pra tomar, e te sobram apenas alguns minutos para que não fique frio de novo e horrivel de degustar nesse mar gélido.
As mãos estão me olham de tal maneira que o castanho não consegue. A lua, a janela, o aroma, os dentes que sorriem.
Passamos num parque com balanços, sem frases feitas.
- I love the way you smile, it's so real.
Se eu pudesse eu moraria nessa realidade que já fez parte, mesmo sem ser assim tão. Tão, tão, tão tudo que foi nada. Pouco de muito e muito de nada. Ou seria o contrário. Mesmo que se vá, mesmo que não volte. Com certeza a lua nos teus olhos daquela noite, ou tarde, ou dia numa passarela em minha cabeça, ou parque de verdade, ou cama para um: que estávamos. Ficou.
Ficará.

terça-feira, junho 10, 2008

.-.


Fotos: Milena Marília
Even if the sun goes down, i'll surf.
Under my shoes.
Si, sino, talvez, quizá. Yo me fue una vez, casi a punto de huir, casi a punto de regressar, casi a punto de nunca partir. Acá. There. Acolá.
E nada mais.

sexta-feira, junho 06, 2008

.eu ainda acredito.






Fotos: Milena Marília
Cordilheira dos Andes.
Em que sonhos ainda acreditas?
Em que rumos ainda tentas descrever teus caminhos?
Em que rua ainda vão cair teus cabelos?
Em que cinzas de cigarro ficarão minha saliva?
Em que banheiro ficarão minhas unhas?
Em corpo ficará o meu?
Em que alma pousará a minha?
....
Há.